POR UM MUNDO ANTIGO DE CONTATOS: UMA PROPOSTA DE USO DO FILME ALEXANDRIA EM SALA DE AULA
Os desafios impostos ao
professor de história antiga nas universidades são diferentes dos enfrentados
pelos professores de História Contemporânea, História do Brasil ou qualquer
outra disciplina histórica. Talvez a que mais se aproxime dos nossos desafios
seja História Medieval. Quando afirmo essa ‘obviedade’, não me refiro às
especificidades contextuais, às poucas fontes ou à existência de um mundo
exótico que pode parecer distante do aluno [mas que não é]. Quando faço essa
declaração me refiro ao percurso acadêmico que o discente executa dentro da
própria faculdade. Em geral, o aluno tem História Antiga e Medieval logo no
primeiro ou segundo semestre e, ao se deparar com o mundo antigo, sua
mentalidade ainda é de ensino médio. Entrando na faculdade com muita frequência
afirmam: “Agora vou aprender história de verdade!” ou “De agora em diante, vou
aprender a história toda!” Ou seja, a pretensão e ambição do aluno, ao entrar
em uma sala de História Antiga, é aprender todos os impérios mesopotâmicos,
todo o percurso político do Egito [da unificação, períodos intermediários,
helenístico e romano], da formação da Grécia ao período pós Alexandre e o
Império romano de Rômulo a antiguidade tardia. Enumerei todos esses pontos
propositalmente, pois são muitos e todo professor sabe que não irá dar conta. Mas o mais impactante disso
tudo é: o recém ingresso na faculdade de história concebe a história como
factual, pensa que o que ele vai aprender é uma mera sucessão de eventos e de
episódios. Os professores de História Contemporânea, Brasil e outras matérias
talvez também enfrentem esse mesmo problema, mas com certeza de maneira
suavizada, pois o discente já aprendeu o que é história-ciência em ‘Introdução
aos estudos históricos’ ou em matéria similar.
Portanto, o desafio do
professor de Antiga é duplo: ensinar Antiguidade e concomitantemente explicar
[ou introduzir] conceitos chaves da operação científica do conhecimento
histórico [fontes, metodologia, teoria, relativizar o conceito de verdade,
local de fala, dentre outros temas] sem os quais suas explanações podem ficar
confusas ou incompletas. Três tópicos imprescindíveis para os estudos antigos,
anacronismo, etnocentrismo e interdisciplinaridade, talvez nem sejam
suficientemente analisados pelo professor de ‘Introdução aos estudos
históricos’. Em suma: enquanto as disciplinas mais próximas da
contemporaneidade recebem um aluno que já sabe como ocorrem os procedimentos de
operação científica em história, aos professores de Antiga e Medieval cabem
ministrar seus conteúdos sempre se atentando para essas especificidades dos
períodos iniciais.
Como ensinar com qualidade e
profundidade mesmo sabendo que esse aluno pode não saber os preceitos básicos
da história científica? Em geral, a resposta dos professores é jogar muitos
textos para leitura, textos que não dialogam com a mentalidade deles, pois são
científicos demais, ‘pós-graduandos’ demais ou em quantidade excessiva.
Mestres, doutores e pós-doutores são tão imersos em seus mundos acadêmicos que
esquecem que o aluno recém-ingresso não está acostumado com as linguagens,
padrões e vocabulários específicos de humanidades. Qual o resultado? Um
‘trauma’ na cabeça do aluno. O discente estuda para passar e quando se safa da
matéria, passa a odiar e a difamar História Antiga. Professores formados que
trabalham em escolas públicas e privadas já encontraram colegas professores de história
que ficam assombrados quando dizemos que estudamos antiguidade. Para os
não-antiquistas, nos assemelhamos a um culto de mistério com linguagem própria:
somente os iniciados compreendem nossas práticas e intenções.
Pretendo aqui expor uma
prática semestral que executo em minhas salas de aula. Não pretendo dar uma
resposta definitiva para os problemas expostos acima, apenas demonstrar uma
estratégia que elaborei para suavizar esses percalços. Não acredito que uma das
respostas seja cortar leituras, amenizar discussões ou pular eventuais
problemas, mas meu intento sincero é tornar esse aprendizado menos traumático,
instigar a curiosidade e enfatizar as características particularidades de
estudar a antiguidade para que, futuramente, o aluno possa desenvolver certa
autonomia para explorar temas não tratados em sala de aula.
O primeiro passo, do meu
percurso proposto, é a leitura de um texto profundo, mas com linguagem
acessível a esse aluno recém ingresso: “Uma Morfologia da História: As Formas
da História Antiga” do prof. Dr. Norberto Luiz Guarinello. Um dos méritos desse
artigo [dentre outros] é apontar a defasagem entre a pesquisa histórica feita
em diversas faculdades e os livros didáticos usados no fundamental e no ensino
médio:
“[...] História Antiga é
ensinada e pesquisada dentro de três divisões principais: o Antigo Oriente
Próximo [principalmente Egito e Mesopotâmia], Grécia e Roma. É deste modo que a
História Antiga aparece nos livros didáticos, e assim é estruturada uma grande
parcela da pesquisa acadêmica [...]. Essa divisão tripartite é apresentada ao
público em geral na forma de uma sucessão cronológica, como se a tocha da
História, na corrida de revezamento que é o progresso da humanidade, tivesse
sido transmitida progressivamente de Leste a Oeste. Como se a História se
apagasse progressivamente a Leste, para reacender a Oeste, à medida que o foco
da civilização se deslocava.” [Guarinello, 2010, p. 52]
Ressalto esse trecho por um motivo especial: a história ensinada
pelos livros didáticos, com poucas exceções, é uma história factual e ‘em
blocos’, vai da Mesopotâmia ao ‘fim’ do Império romano em uma marcha contínua e
sem diálogo entre essas civilizações. Sociedades celtas, África subsaariana, os
persas e povos do Levante são esquecidos ou tratados como coadjuvantes das
civilizações principais. A lógica que é formada na cabeça do aluno é de que o
Egito ‘acabou’ para dar lugar a Grécia, essa só terminou porque a malvada Roma
a destruiu e que os romanos foram derrotados pelos bárbaros e pelo
cristianismo. Os livros não tratam de contatos e, quando o fazem, são de
contatos bélicos, de conflito e de expansão militar. Poucos são os livros que
trabalham as questões de trocas culturais, religiosas ou de mercadorias e, quando
tratam de trocas religiosas, reproduzem a carcomida tabela de ‘igualdade’ entre
deuses gregos e romanos, subentendo o discurso “os romanos roubaram os deuses
gregos.” Essa Antiguidade não é apresentada de modo integrado, não há
concomitância de civilizações e nem migrações. Onde estão os contatos, as redes
e as viagens nesse mundo antigo? Essas pessoas não transitavam de uma região
para a outra? Recorro assim, aos parâmetros da História global:
“A história global [...]
não significa contar a história de tudo no mundo todo. Podemos partir do
entendimento de que “global” não é o objeto de estudo, qualquer que seja, mas
uma ênfase nas conexões, na escala e, acima de tudo, na integração. Não é
difícil imaginar uma história de mercados mundiais ou bolsas de valores numa
economia global; uma história de disseminação de tecnologias como o telégrafo,
o cabo marítimo ou a internet, conectando diferentes regiões do mundo; uma
história de migrações e diásporas de populações sobre o globo; [...].”
[Malerba, 2019, p. 462]
Não desejo me estender nas
contribuições, implicações e críticas ao uso da História Global para os estudos
da Antiguidade, para tanto, o leitor pode explorar o instigante artigo do prof.
Dr. Uiran Gebara da Silva “Outra história global é possível? Desocidentalizando
a história da historiografia e a história antiga”. Meu intento é utilizar a
História global para enfatizar a ideia de uma antiguidade conectada, com
diversas migrações, contatos e trocas culturais. Para ressaltar essa ideia,
apresento superficialmente aos alunos a figura do deus Hermanúbis na forma de
uma estátua de mármore branco do primeiro ou segundo século antes da era comum,
hoje presente no Museu do Vaticano. A figura combina o deus egípcio Anúbis com
Hermes, duas divindades ligadas à transição entre o mundo dos vivos e o mundo
dos mortos. Essa fusão só foi possível graças às migrações e contatos entre
gregos e egípcios, ia portanto em uma direção mais profunda do que o simples
contato momentâneo.
Após a discussão e debate
do supracitado artigo de Guarinello, os alunos foram reunidos em sala para a
exibição do filme ‘Alexandria’ [Ágora] de Alexandre Almenábar. O filme trata
especialmente da filósofa Hipatia e de suas descobertas matemáticas sobre
astronomia que tornaram seu nome célebre. No entanto, o filme também é rico por
se passar em uma Alexandria multicultural: arquitetura egípcia, deuses gregos,
cultura judaica, governo romano e cristãos em ascensão são apenas alguns dos
muitos elementos. A despeito de alguns cuidados que o professor deve ter
[Hipatia não era ateia, por exemplo], o filme possibilita uma discussão sobre
essa antiguidade fecunda culturalmente, em que diversos povos, identidades e
religiões transitavam pelos mesmos espaços, comercializavam e se amavam. Em
geral, a resposta dos alunos é muito positiva, pois poucos deles já tinham
visto o filme e alguns se deslumbram com esse mundo antigo diverso.
O passo seguinte fica por
conta dos próprios alunos. Separados em grupos, os alunos devem escolher um dos
eixos abaixo:
a]
Os egípcios e a conquista por Alexandre.
b]
Os gregos e Alexandria.
c]
Os judeus e a sua história com o Egito antigo.
d]
Os romanos e a sua presença no Egito antigo.
e]
O cristianismo primitivo no Egito antigo.
Escolhidos os temas, os
alunos pesquisam, em plataformas de pesquisa, artigos e livros que tratem das
questões pertinentes a sua escolha ou que pelo menos as tangenciem. O objetivo
é construir uma bibliografia com no mínimo dez itens que os ajudem a compreender
o período. Este é um dos pontos mais importantes para o aluno recém-ingresso,
pois, com muita frequência, para pesquisas acadêmicas, eles chegam com conteúdo
dos sites ‘minha escola’, ‘minhapesquisa.com’ ou até mesmo livros esotéricos
[já recebi bibliografia com livros da Rosa Cruz]. A elaboração da bibliografia
em grupo ajuda ao recém-ingresso a compreender que a pesquisa histórica
acadêmica é séria e científica, possui fontes, teorias e metodologia e, ao
mesmo tempo, fornece subsídios para que ele futuramente desenvolva suas
próprias pesquisas. Em contrapartida, o discente toma consciência que nem todos os sites ditos históricos são científicos, que há
muita informação errônea na internet e que o material rasteiro e superficial
desses sites só ajudam a alimentar a homogeneização dos períodos históricos e
para perpetuar o senso comum, muitas vezes elitista, preconceituoso, machista,
homofóbico, avesso aos direitos das minorias etc. Ou seja, quanto mais se
privilegia as visões panorâmicas e rasantes no nível macro, mais são
negligenciadas as particularidades locais e as trocas. A elaboração de uma
bibliografia mínima de dez itens pode parecer algo simples para um formado ou
pós-graduando, mas para um recém ingresso se demonstra um desafio, ainda mais
quando é exigido a formatação seguindo as normas da ABNT. É importante frisar
que a elaboração da bibliografia não ocorre em sala de aula, mas fora dela com
acesso ao Google Acadêmico, ao Scielo e a própria biblioteca da faculdade.
Informo igualmente que o professor está disponível ao final da aula para ajudar
no processo de elaboração. Em geral, os alunos recebem uma semana para terminar
essa etapa.
Concluída a bibliografia, o
grupo escolhe dois artigos da lista para ler e explorar. A ideia é que esses
dois itens comunguem uma temática em comum. Depois de lidos, o grupo apresenta
o tema para o restante da sala enfatizando a problemática levantada pelos
especialistas, as teorias e, sobretudo, as fontes utilizadas nos textos. Nesse
ponto, costumo ser bem rigoroso com os discentes a fim de que percebam o
processo de pesquisa feito pelo especialista. Outro ponto bastante discutido
aqui é a insistente confusão entre bibliografia e fonte. Há uma persistência de
alguns por fazer essa exposição em powerpoint,
digo que não é obrigatório, mas uma parcela deles optam por esse caminho. Em
geral, os alunos colocam sobre si muita pressão nessa última etapa, pois
costuma ser sua primeira apresentação na faculdade. Ressalto que é apenas um
debate, em que eu, como professor, ajudo a dinamizar as ideias e conversas. Em
geral, apesar da pressão, a resposta dos alunos a dinâmica é bastante positiva,
pois exploram artigos cujas temáticas tem afinidade com eles e foram
descobertos ‘sem querer’ durante a pesquisa: mumificação com características
romanas, Serapís como um deus greco-egípcio, conflitos e acomodações entre
cristãos e judeus, Alexandria e sua urbanização, sexualidade no mundo
helenístico... São variados os temas que lhes chamam a atenção. Esse é um dos
meus objetivos com a proposta apresentada aqui: estimular a curiosidade do
aluno sobre assuntos diversos da antiguidade e fornecer as ferramentas para que
ele mesmo futuramente faça suas buscas.
Em síntese, não posso dar
uma conclusão. Essa prática docente não se conclui aqui, a cada semestre a
mudo, aprimoro e dou outros tons. O que apresentei aqui é o coração dela. Cada
turma se comporta e reage de modo muito diferente a ela. Em geral, tenho obtido
sucesso, mas cabe a cada professor adaptá-la ao seu próprio contexto. A História
global e o filme Alexandria, até o momento, me forneceram excelentes subsídios
para pensar o mundo antigo com seus diferentes contatos, culturas e espaços.
Mas não só o mundo antigo. Os alunos quase sempre criam um diálogo intenso com
o Brasil: a mistura de religiosidades e o extremismo religioso atuais e a
misoginia em discursos conservadores. Nunca começo esse estímulo, são eles que
fazem essas associações. É muito instigante para a minha prática docente
perceber que os alunos concluem que a Antiguidade ainda é atual para pensarmos
e repensarmos a nossa sociedade hoje, não porque eu tenha dito isso, mas porque
eles mesmo chegaram a essa conclusão.
Referências
Thiago de Almeida Lourenço Cardoso Pires é Doutor em História pela
UNIRIO. Atua como professor de História antiga no Centro Universitário Celso
Lisboa, professor do Estado do Rio de Janeiro e mediador a distância do
consórcio CEDERJ.
ALEXANDRIA. Direção: Alexandre Almenábar. Produção: Fernando
Bovaira e Álvaro Augustin. Espanha: Focus Features, 2009.
GUARINELLO, Norberto Luiz. “Uma Morfologia da História: As Formas
da História Antiga.” in Politéia - História e Sociedade, [S.l.], v. 3, n. 1,
maio 2010.
MALERBA, Jurandir. “História da
historiografia e perspectiva global: um diálogo possível?” in Esboços,
Florianópolis, v. 26, n. 43, p. 457-472, set./dez. 2019.
SILVA, Uiran. “Outra história global é possível?
Desocidentalizando a história da historiografia e a história antiga.” in
Esboços, Florianópolis, v. 26, n. 43, p. 473-485, set./dez. 2019.
Por meio do exposto pode-se cogitar que alguns desistentes do curso de história no primeiro e segundo semestre seria porque alguns docentes esquecem que são discentes recém chegados ao ambiente universitário e não entendem ainda os padrões, a línguagem utilizada e os sobrecarregam com textos com uma linguagem difícil comparada as que estavam acostumados no ensino médio e estes optam por sair por não entenderem as disciplinas,por receio de conseguirem um bom aproveitamento?
ResponderExcluirOlá, Arielle. Eu defendo que isso é parte do problema, mas não explica todas as desistências. Nós, acadêmicos, ficamos tão imersos no nosso mundo que esquecemos daqueles que falam outras linguagens. O combate por uma história pública e co profundidade científica é muito importante para nós. Trata-se de uma questão de sobrevivencia.
ResponderExcluirThiago de Almeida Lourenço Cardoso Pires
Olá Thiago, excelente texto que é muito pertinente principalmente para aqueles que estão para se formar e em breve estarão em salas de aulas do ensino básico; ainda mais para quem ainda na graduação encontrou as primeiras dificuldades com a prática de pesquisa acadêmica, a maioria dos alunos sai do ensino médio sem a menor noção disso. Falando por experiência própria como graduanda, esse recurso parece tão simples e eficaz que poderia ser aplicado, guardando as devidas proporções, até mesmo no ensino básico. No mais, uma pergunta, ou melhor um comentário acerca do texto, o se referir a história global como alternativa a história em blocos, ou a clássica divisão quadripartite, que ainda acarreta um euro-centrismo batido, uma abordagem interessante e relativamente nova é a das "histórias conectadas", que se furtam as falhas da história global, com foco nos intercâmbios comerciais e culturais entre as sociedades, sob o ponto de vista não etnocêntrico, e numa longue-durée reformulada, para fugir das rupturas abruptas entre temporalidades. Um exemplo desse modelo historiográfico já está estabelecido na história moderna, em trabalhos como dos historiadores Sanjay Subrahmanyam e Serge Gruzinski por exemplo. Transpor com as devidas adequações(não se pode por exemplo extrapolar o conceito de globalização a Antiguidade, mas pode-se falar em conexões, intercâmbios) para a história antiga parece ser um bom caminho, as evidências materiais, sobretudo arqueológicas, culturais, religiosas, artísticas, até mesmo linguísticas, são ótimas fontes de análise, e servem também para introduzir a análise de fonte, documental ou outra, ao aluno recém-egresso do ensino básico.
ResponderExcluirObrigado pelo excelente texto.
Pâmella Holanda Marra.
Obrigado, Pâmella, pelos elogios. A história global também lida com essas conexões, contatos e migrações. Foi um assunto que deixei de lado por objetividade mesmo. Existem outras perspectivas que lidam com esses contatos, 'globalização no mundo antigo', 'história transregional' e 'sistema-mundo' do Braudel. Eu anotei suas sugestões de leitura, pois estou entrando nesse mundo agora. Eu trabalho com subúrbio da cidade de Roma e é interessante como os estrangeiros mudam a cultura romana, culturas hibridizadas são muito interessantes.
ResponderExcluirAgradeço
Thiago de Almeida Lourenço Cardoso Pires :)
Sempre é interessante ler sobre alternativas e propostas pedagógicas diferentes para trabalhar com os alunos. Hoje como acadêmico de História me deparo com novas realidades e espaços de discussão mais críticos, porém o que ainda vemos bastante, é abismo entre a academia e principalmente as séries mais iniciais, o que penso aprofundar ainda mais essa dissociação entre saberes e sua construção mais crítica. Portanto mesmo estando nos semestre da graduação, não consigo ainda perceber como diminuir esse abismo de como direcionar essas crianças ao um saber mais claro da História. Fica aqui a perguntar, como podemos estreitar mais esses conhecimentos adquiridos que são amparados por sistema deficitário e problemático, em relação ao em ensino de História nas séries iniciais ?
ResponderExcluirBRUNNO RICELLY CLARES NOGUEIRA
a utilização de filmes nas aulas, é um excelente recurso pedagógico principalmente nas aulas de História.
ResponderExcluirComo você vê esse recurso pouco explorado nas salas de aulas, onde algumas não tem sala de vídeo para a exibição? quais alternativas seriam
tão eficazes quanto?
Adriano Castro de Holanda
Adriano, boa noite.
ExcluirInfelizmente esses problemas estruturais acontecem. Uma das alternativas é o proprio professor levar sua projetor, mas isso pode ser arriscado. Sem o aparato necessário, não vejo essa a estratégia de uso de filmes em sala de aula podendo ser aplicada.
Abraços
Thiago de Almeida Lourenço Cardoso Pires
Estimado Professor,
ResponderExcluirEm nome da Mesa de Ensino de História Antiga, gostaria de agradecer por compartilhar o seu conhecimento conosco. O seu trabalho foi um diferencial em nosso evento. É perceptível o quanto as suas reflexões motivaram e incentivaram os leitores. Obrigado!
Boa noite, Brunno.
ResponderExcluirAcredito que uma das respostas é a crítica ao livro didático. Em geral, esses são antigos, ultrapassados e factuais. Os professores que não gostam de antiga acabam os utilizando muito e transmitem uma história chata, distante e sem diálogo com os alunos. Nós temos uma tendência em privilegiar o factual, formas de governos e grandes personalidades e esquecemos dos humanos que viviam nessas épocas: como viviam, amavam, viajavam e comercializavam. Do meu ponto de vista, Humanizar a história é muito importante. Aquelas pessoas são gente como a gente com as devidas particularidades da época. Acredito que essas humanização aproxime o antigo do cotidiano contemporâneo de nossos alunos. Filmes como Alexandria e jogos como Assassins creed podem ser uma das estratégias para essa humanização em sala de aula.
Obrigado pela pergunta
Thiago de Almeida Lourenço Cardoso Pires