Cibeli Grochoski e Milliann Carla Strona


PIBID EM PRÁTICA: METODOLOGIA PARA TRABALHAR A CULTURA DO EGITO ANTIGO NO ENSINO FUNDAMENTAL



Há vários desafios que os professores de História encontram em seu cotidiano para promover o ensino-aprendizagem da disciplina, entre eles está a dificuldade dos alunos em relacionar os temas que fazem parte do currículo a suas realidades. Pensando nisso este trabalho traz o relato de uma experiência pibidiana, a qual utilizou uma nova didática para tornar o Ensino de História mais lúdico e a aprendizagem mais dinâmica. Essa intervenção do PIBID ocorreu no segundo semestre de 2017 em uma Escola da rede pública de Ensino com turmas de 6º anos do ensino fundamental II na cidade de Irati, Paraná. Os pibidianos junto com a professora de História regente promoveram esta atividade com três turmas. 

Por muito tempo o Ensino de História foi uma atividade mecânica focada apenas em repassar o conteúdo. No Ensino de História tradicional não havia uma reflexão crítica sobre a História e a sua função social. Entretanto, as formas de ensinar e aprender História foram modificadas gradualmente à medida que surgiram pesquisas preocupadas com a didática da História. Uma grande referência nesse campo de pesquisa é o alemão Jörn Rüsen que refletiu e fomentou críticas ao processo de aprendizagem dos alunos em relação a consciência histórica a partir da experiência do tempo. O pesquisador problematizava a História Ciência e sua relação prática na função didática.

 É pensando nessa relação teoria e prática que os pibidianos desenvolveram esse método de ensino, que incentivou os alunos a construírem objetos e cenários do Egito Antigo a partir das aulas expositivas. Os alunos não reproduziram meramente os conteúdos aprendidos em sala de aula de forma ilustrativa, eles construíram e resignificaram através dos objetos e materiais confeccionados o conhecimento histórico do Egito Antigo. Deste modo, é relevante compartilhar essa experiência para que outros professores possam estar aplicando esse método em sala de aula. E assim, proporcionar o aprendizado histórico diferenciado, que considere a construção do conhecimento por parte dos alunos e não apenas a reprodução do conhecimento histórico de forma mecânica.  Esse processo perpassa por aquilo que Jörn Rüsen chamava de Consciência Histórica:

“A consciência histórica será algo que ocorre quando a informação inerte, progressivamente interiorizada, torna-se parte da ferramenta mental do sujeito e é utilizada, com alguma consistência, como orientação no quotidiano” [Barca; Garcia; Schmidt, 2011, p. 16].

A consciência histórica leva o aluno a fazer relações com o tempo em seu cotidiano, essa atividade é extremamente complexa, por isso é tão importante o discente transformar o conhecimento histórico em algo didático. A História é uma disciplina de interpretação, por isso é fundamental o professor inovar e fazer conexões entre o conhecimento histórico, vida prática e aprendizado.
Esse método foi desenvolvido pensando também na tríade de Pesquisa, Ensino e Extensão previstos pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID, que: “Constitui-se em uma iniciativa do governo federal de valorização e aperfeiçoamento na formação de professores para a educação básica. Decorre da lei 11.502 de 11 de julho de 2007, que incumbiu à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes, a tarefa de induzir e fomentar a formação inicial e continuada de profissionais da Educação básica, bem como, a valorização do magistério em todas as modalidades de Ensino. A CAPES procurou trabalhar em projetos que articulassem três vertentes: formação de qualidade; integração entre pós-graduação, formação de professores e escola básica; e produção de conhecimento. O projeto PIBID foi um dos que mais destacou-se pela originalidade e legitimação, considerando também seu crescimento acentuado de 2007 até agora” [Schneider; Ferreira, 2004, p.32].

Assim, o PIBID/História sempre procurou promover a aprendizagem de um modo dinâmico e prazeroso no Ensino de História, isto implica em buscar novas metodologias, bem como, inovar e dinamizar nas aulas de história com propostas e lugares diferentes do que os alunos estão habituados no seu cotidiano escolar.

Segundo Neto e Silva [2019]: “Para aproximar a História do cotidiano dos discentes, várias propostas defendem a utilização de novas ferramentas em sala de aula, a fim de melhorar o processo de ensino-aprendizagem e, desta forma, obter melhores resultados quanto à apreensão e compreensão do conteúdo trabalhado. Histórias em quadrinhos, filmes, músicas, literatura e jogos digitais são alguns dos exemplos dessas novas ferramentas propostas” [Neto; Silva, 2019, p.253]. As ferramentas ajudam os alunos a compreenderem de forma didática a ligação do conhecimento histórico com a vida prática através da estrutura do tempo.

Desta forma, pensando em uma aula que oportunizassem aos discentes uma maneira nova de aprender sobre o Antigo Egito os participantes do PIBID/História da Universidade Estadual do Centro-Oeste [UNICENTRO] campus Irati, realizaram uma atividade diferente ao que os alunos estavam familiarizados e fora da sala de aula.

“Agito no Egito”: Relato de uma experiência pibidiana
Ensinar História Antiga para os alunos do ensino fundamental é complicado, especialmente aos mais novos já que muitos possuem dificuldades em fazer relações entre o passado e o presente. De acordo com Jörn Rüsen:

“O aprendizado Histórico pode, portanto, ser compreendido como um processo mental de construção de sentido sobre a experiência do tempo através da narrativa histórica, na qual as competências para tal narrativa surgem e se desenvolvem [Rüsen, 1974]” apud [Barca; Martins; Schmidt, 2011, p. 41].

A aprendizagem Histórica implica na construção de sentidos, que ocorrem quando o aluno tem contato com a experiência do tempo e para que isso aconteça o professor deve fazer essas aproximações através de exemplos e atividades práticas, criando, deste modo, competências para que o aluno venha a se perceber também com um sujeito histórico.

Considerando o conhecimento Histórico como uma construção mental, que envolve a temporalidade e que precisa ser didática realizou-se uma atividade orientada para vida prática. Assim, está atuação ocorreu na Escola Estadual Nossa Senhora das Graças situada na cidade de Irati –PR em 2017. Os alunos que participaram desta experiência tinham entre 10 e 11 anos, a maioria gostou da atividade por ser lúdica e porque eles puderem confeccionar os materiais.

Para dar início a atividade sobre o Egito Antigo a professora regente de História deu início ao tema com os alunos em sala a partir de aulas expositivas dialogadas. Utilizando o livro didático e outros recursos pedagógicos complementares, a docente enfatizou bastante sobre a cultura da sociedade egípcia antiga. No fim dessas aulas a professora avisou os alunos sobre a intervenção do PIBID e como a atividade seria desenvolvida.

A intervenção dos pibidianos iniciou com a divisão dos alunos em grupos, cada turma tinha uma média de 37 á 40 discentes, eles foram divididos em grupos de no mínimo cinco integrantes, cada grupo teve que representar uma classe social do Antigo Egito, essa representação ocorreu por meio de vestimentas e decoração dos espaços. Os discentes tiveram uma semana para se organizar.

A equipe do pibid levou os alunos até o bosque da escola, pois sair da sala de aula também é um estímulo ao aprendizado, pois esse lugar é fresco, possui árvores e palmeiras, desenhos nos muros, existem também nesse espaço cinco mesas que foram utilizadas pelos grupos, nas quais eles tiveram tempo para confeccionar as vestimentas e decorar o espaço. Os pibidianos também confeccionaram coroas, braceletes, acessórios em geral, calçados e roupas para assim auxiliar os alunos. A professora regente e a equipe do PIBID também levaram objetos pessoais, como: maquiagem, acessórios, e também ajudaram os alunos a se caracterizar. Após isso foi realizado um desfile e cada aluno explicou a roupa que estava usando, assim como quem ele representava e qual a função que desempenhava na sociedade do Egito. O grupo vencedor ganhava como prêmio pirulitos e outras guloseimas.

Como afirma Lia, Costa e Monteiro: “Importante despertar a afetividade do aluno para com o objeto produzido, este tem significado por ter passado pela compreensão de um tema estudado e foi confeccionado pelo estudante, que passa a vê-lo como algo seu, no sentido da produção e da difusão do conhecimento histórico. O aluno torna-se produtor e difusor de um determinado aprendizado; possui um artefato cultural construído por ele e sobre o qual é capaz de historicizar” [Lia; Costa; Monteiro, 2013, p.45].

Essa atividade foi elaborada com o objetivo de aproximar o Egito Antigo com a contemporaneidade dos alunos, assim eles se interessaram mais pelo assunto e adquiriram uma memória afetiva sobre o Egito, algo que com aulas expositivas os alunos não iriam adquirir. Além disso, os pais dos alunos relataram que os filhos estavam empolgantíssimos com a atividade e afirmaram que estudaram muito para confeccionar as vestimentas, assim eles aprenderam o conteúdo de uma forma simples e dificilmente vão se esquecer desse momento e sempre se lembrarão de algum aspecto importante da sociedade egípcia. “O grande ganho com a prática de produção de materiais didáticos está em criar um elo explicativo dos temas abordados na disciplina de história.” [Lia; Costa; Monteiro, 2013, p.43].

Para desenvolver a atividade foi utilizada uma série de materiais pedagógicos como EVA, TNT, papel cartão, papelão, tinta, cola glitter, entre outros. O objetivo era confeccionar vestimentas, objetos e acessórios para auxiliar os alunos durante a representação de seus personagens e dos seus cenários com o tema Antigo Egito. Como já mencionado, anterior a esse momento os alunos tiveram o conteúdo de Egito em sala de aula com a professora regente. Após, a equipe do PIBID fez as devidas intervenções em cada turma explicando o modo como a atividade seria desenvolvida.

Quanto ao método utilizado este é lúdico e trabalha com a criatividade dos alunos e estímulo ao aprendizado por meio de atividade prática, pois os alunos deveriam evitar cometer anacronismo e representar cenários e/ou classes sociais do antigo Egito, buscando relação presente e passado com base nas orientações e explicações da historicidade do Egito em sala de aula.

Os alunos foram divididos em cinco equipes e todos tiveram uma parte da aula para se caracterizar e após fazer o desfile e explicar sobre as escolhas individuais e coletivas do grupo. O objetivo era fazer com que todos participassem da atividade de modo que levassem em conta na atividade suas subjetividades para com os sujeitos históricos se sentissem identificados. Lembrando que alguns integrantes da equipe do PIBID também se vestiram a fim de incentivar os alunos.

Ao longo do desenvolvimento da atividade os alunos demonstraram grande entusiasmo, bem como, participação na construção do conhecimento histórico do Egito Antigo. Deste modo, a aprendizagem se tornou muito mais atrativa para os discentes, pois aprender algo pelo viés concreto resinifica o Ensino de História e torna os alunos agentes históricos nesse processo de conhecimento. Durante o desenvolvimento da atividade os alunos deram um destaque especial às vestimentas. Logo, se faz necessário tecermos algumas considerações sobre as roupas históricas: “Captar e acompanhar nas roupas os fluxos das mudanças históricas, sociais e culturais em diferentes tempos e espaços; dimensionar as histórias do vestir e das vestimentas que as indumentárias dos personagens carregam e comunicam; perceber os processos de significação do vestuário desenvolvidos pelas pessoas nas relações sociais, bem como as linguagens simbólicas que movimentam os usos das vestes, institui-se como recursos para explorar os vestuários nas narrativas históricas” [Simili, p. 237. 2006].

 Como percebemos a vestimenta também possibilita o conhecimento histórico, pois os objetos são em muitas culturas uma extensão do próprio corpo e trazem consigo uma teia de significados e representações sociais, econômicas, políticas e culturais. Sendo assim, é de grande relevância o aluno perceber a historicidade presente nos objetos, cenários e roupas históricas, pois são a representação de sociedades do passado dotadas de sentimentos e significados históricos e isso permite ao aluno um maior contato com o fato histórico.

Os alunos em grupo confeccionaram objetos, roupas, acessórios e trouxeram alimentos. Muitos alunos montaram a atividade a partir do que estava ao alcance dos mesmos e com base no que possuíam em casa. Os alunos também compartilharam objetos e trabalharam de forma organizada e em equipe e todos realizaram pesquisas para montar seus trajes ou espaço. A dedicação dos discentes mostra a quão significativa à atividade foi para eles.

A atividade desenvolvida pelos pibidianos na Escola Nossa Senhora das Graças estimulou os estudantes a produzir materiais didáticos ligados ao Egito. A produção desse material proporcionou uma interação entre a professora, pibidianos, discentes e a temática. Além disso, a atividade permitiu os discentes a observar como esses conteúdos foram absorvidos pelos alunos através da maneira como eles produziram os materiais. Foi possível perceber a relação passado e presente nas atividades desenvolvidas pelos alunos, assim como, aspectos da subjetividade dos alunos orientadas pela consciência histórica, a exemplo, o cuidado dos alunos de não cometer anacronismos ao trazer objetos do seu cotidiano para a apresentação ou confecção de materiais. Logo, essa atividade foi integradora, possibilitando a construção do conhecimento histórico por parte dos alunos.

Considerações finais
Os integrantes do PIBID sempre procuraram inovar em suas intervenções, além do programa contribuir de uma forma muito significativa para a formação docente dos pibidianos. O PIBID: “constitui-se em um programa que alia a tríade Ensino, Pesquisa e Extensão, proporcionando um contato de maior intensidade dos bolsistas, futuros professores, com seu campo de trabalho, uma vez que o projeto envolve o planejamento da ação didática, centrado na observação, na pesquisa, na experimentação e na intervenção. Os participantes desse programa conseguem diferenciarem-se dos demais licenciados na medida em que desenvolvem habilidades e competências no campo de trabalho, obtendo experiências ímpares da prática, muito antes de entrarem nesse mercado.” [Schneider; Ferreira, 2004, p.32-33].

Logo, o PIBID é muito importante para a formação docente e muito interessante para as escolas que conseguem esse programa em suas disciplinas. Como foi o caso desta intervenção, pois a professora regente sozinha dificilmente conseguiria realizar essa atividade sozinha, mas com seis pibidianos a auxiliando foi possível desenvolver uma atividade lúdica, e produtiva. 

Durante toda atividade percebemos a empolgação dos alunos e como eles aprenderam bastante sobre as classes sociais e o cotidiano dos antigos egípcios. Os discentes demonstraram muito entusiasmo desde a pesquisa até a confecção dos materiais que eles usariam. Essa intervenção ajudou muito no ensino-aprendizagem, e foi tão eficaz que a professora regente ainda realiza está atividade com os 6ºos anos e os resultados ainda são animadores.

Para Neto e Silva: “[...] Novas formas de ensinar devem sim, ser pensadas e valorizadas. Em um mundo cada vez mais tecnológico e globalizado, a tradicional e antiga maneira de ensinar “escreve no quadro e explica” certamente não pode ser a única maneira de ensino considerada pelos docentes. Arriscar inserir novas técnicas e propostas pedagógicas para reforço do aprendizado dos discentes é uma boa maneira de tentar desenvolver a educação. A educação deve ser sempre discutida e reinventada [...]” [Neto; Silva, 2019, p.260].

 É pensando nessas novas formas de ensinar e aprender História que essa metodologia foi desenvolvida. Considerando a experiência do tempo com uma ferramenta que deve ser interiorizada na consciência histórica dos alunos, de modo que eles possam interpretar a História fazendo relações com o tempo a partir do seu cotidiano, percebendo assim as dinâmicas entre o presente e o passado.

Referências

Cibeli Grochoski é graduada em História pela Universidade Estadual do Centro-Oeste [UNICENTRO]. Bolsista [CAPES] e mestranda no programa de pós-graduação em História e Regiões da UNICENTRO.
Milliann Carla Strona é graduada em História pela Universidade Estadual do Centro-Oeste [UNICENTRO]. Bolsista [CAPES] e Mestranda no programa de pós-graduação em História das Sociedades Ibéricas e Americanas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul [PUCRS] na linha de pesquisa de Sociedade, Desenvolvimento Econômico e Migrações.

BARCA, Isabel; MARTINS, Estevão de Rezende; SCHMIDT, Maria Auxiliadora. [orgs.] Jörn Rüsen e o ensino de História. Curitiba: Ed. UFPR, 2011.

BARCA, Isabel; GARCIA, Tânia Braga; SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Significados do pensamento de Jörn Rüsen para investigações na área da Educação Histórica. In: BARCA, Isabel; MARTINS, Estevão de Rezende; SCHMIDT, Maria Auxiliadora. [orgs.] Jörn Rüsen e o ensino de História. Curitiba: Ed. UFPR, 2011.

LIA, C. F.; COSTA, J. P.; MONTEIRO, K. M. N. A produção de material didático para o ensino de História. Revista Latino-Americana de História. Vol. 2, nº. 6 – Agosto de 2013 – Edição Especial by PPGH-UNISINOS.
NETO, José Pedro Lopes; SILVA, Wesley de Oliveira. Brincar com História: A utilização de jogo pedagógico em sala de aula.  In: BUENO, André; ESTACHESKI, Dulceli; CREMA, Everton; ZARBATO, Jaqueline. Aprendendo História: Ensino. União da Vitória: Edições Especiais Sobre Ontens, 2019.
SCHNEIDER, Claércio Ivan; FERREIRA, Silvéria Aparecida. As contribuições do subprojeto PIBID/História da UNICENTRO para a profissionalização docente, Irati-PR [2012-2014]. História & Ensino, Londrina, v.20, n.2, p. 13-58, jul./dez. 2014.
SIMILI, Ivana. As roupas como documentos nas narrativas históricas. São Paulo, Unesp, v. 12, n.1. 2016.

16 comentários:

  1. Parabenizo as duas pelo trabalho e pela desconstrução dos parâmetros de ensino-aprendizagem tradicionais!

    Sabendo que o PIBID proporciona aos graduandos (as) vasta experiência no contato com o ensino e na escola como um todo. Levando em conta as questões apresentadas no estudo, gostaria de saber como o PIBID contribuiu diretamente para a formação profissional de ambas, quais foram os atributos que agregaram na formação como um todo, nesta ponte entre a teoria e a prática. Obrigada, abraços!

    Ass: Ingrid Taylana Machado

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    1. Obrigada Taylana! Então, o PIBID contribui muito para a minha formação enquanto docente, fui pibidiana por três anos na mesma escola com uma excelente professora. Pude aprender muito durante todo esse período deste a preparar aulas, planejar atividades além de contribuir para a minha compreensão do papel de professora/professor de História.

      Eu que agradeço, abraços!

      Ass: Cibeli Grochoski

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    4. Olá! Taylana, obrigada! Por sua contribuição. O pibid foi fundamental para minha vida profissional, através da prática docente consegui perceber a importância de planejar aulas e preparar conteúdos dentro da relação teoria e prática. Vivenciamos durante o pibid a tríade de pesquisa, ensino e extensão, que permitem um ensino inovador, assim como, propicia um Ensino de História de qualidade ao aluno, o colocando na condição de um sujeito Histórico e não apenas um mero receptor de conteúdo. Além disso, o pibid me possibilitou a direcionar minhas pesquisas acadêmicas para uma linguagem acessível, pensando na construção de uma narrativa não somente para os pares, mas que considere diferentes leitores. Hoje temos a emergência da História Pública e as discussões teóricas-metodológicas do pibid vão de encontro com essas pautas do movimento, questões que os bolsistas do pibid desde o início do programa já refletiam em suas pesquisas e abordagens em sala de aula, deste modo, poso afirmar que o pibid foi essencial para meu amadurecimento acadêmico e profissional.

      Obrigada! Taylana, abraços.

      Ass: Milliann Carla Strona

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  2. Parabéns pelo trabalho! Eu pretendo aplicar essa atividade nas minhas aulas! Quais foram as classe sociais do Antigo Egito que vocês utilizaram na dinâmica?
    Ass: Isabele Fogaça de Almeida

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    1. Olá Isabele, obrigada e que bom que de alguma forma este trabalho contribuiu para você enquanto docente, aplicar está atividade foi muito bom! Durante as aulas teóricas foram abordadas todas as classes sociais, mas na segunda parte da atividade a maioria dos alunos escolheram representar o faraó, a nobreza, os soldados e os escravos, eu acho que eles tinham mais material em casa para usar nessas caracterizações. E também no período em que está atividade foi aplicada estava no ar na Record a novela "Os dez mandamentos" eles tiraram muitas ideias desta novela.
      Obrigada pela pergunta.

      Ass: Cibeli Grochoski

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  3. Olá Isabele, obrigada e que bom que de alguma forma este trabalho contribuiu para você enquanto docente, aplicar está atividade foi muito bom! Durante as aulas teóricas foram abordadas todas as classes sociais, mas na segunda parte da atividade a maioria dos alunos escolheram representar o faraó, a nobreza, os soldados e os escravos, eu acho que eles tinham mais material em casa para usar nessas caracterizações. E também no período em que está atividade foi aplicada estava no ar na Record a novela "Os dez mandamentos" eles tiraram muitas ideias desta novela.
    Obrigada pela pergunta.

    Ass: Cibeli Grochoski

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  4. Olá, Cibelli e Milliann! Em minha pesquisa na Universidade, trabalho com o Egito Antigo, pude perceber na bibliografia que muitas vezes nos livros didáticos a africanidade dos egípcios é negada e que o desenvolvimento desse povo é corriqueiramente atrelado ao conceito de "Crescente Fértil" ou até mesmo tendo o Egito como retratado por "Dádiva do Nilo". Esses pontos foram abordados com os discentes nas aulas expositivas e ao longo das dinâmicas? As alunas e alunos conseguiram identificar a população como protagonista do desenvolvimento desse povo, ou acreditaram que o desenvolvimento do Egito se deu pelas condições naturais do ambiente em que se localizava?

    Gabriela Maria Teodósio

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    1. Olá! Gabriela Teodósio, obrigada! Pelo comentário. Além dessas questões que você colou, tem-se também aquela visão de que o Egito por tudo que foi não pertencia ao continente africano. E sim, nós tratamos de todas essas questões, da presença da africanidade, sempre buscando materiais complementares para além do livro didático, sempre fazendo essa ponte entre o conhecimento acadêmico para o Ensino de História, pois os livros geralmente trazem a questão das condições naturais. O curioso que os alunos representaram mais elementos sociais e culturais dos egípcios, o que demonstra o protagonismo das populações.
      Ass: Milliann Carla Strona.

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  5. Olá, boa noite.

    Gostaria de parabenizar as autoras pelo excelente trabalho que fizeram. A díade classes sociais/vestimentas como metodologia para abordar o Egito faraônico, ao meu ver, foi excelente, e está bem embasada no texto de vocês!

    Achei interessante os comentários dos estudantes e de seus pais/responsáveis sobre o quão significativa a atividade foi para eles. De acordo com vocês, a atividade tinha como meta a busca pela construção de uma memória afetiva dos estudantes com o Egito antigo, isso é muito válido - o que fica mais evidente com a pouca carga horária dedicada ao tema no Ensino Básico, mais especificamente o Fundamental II, foco de vocês.

    O comentário que faço aqui é pontual, e não obscurece em nada, a meu ver, o excelente trabalho que fizeram: após ler a afirmativa de vocês de que as aulas expositivas não são capazes de gerar nos estudantes uma memória afetiva sobre o Egito antigo, não ficou claro para mim o porquê disso - o que não me impede de reconhecer as limitações desta modalidade de ensino.

    Obrigado!

    Victor Braga Gurgel

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    1. Olá! Victor Gurgel obrigado pelo comentário. Sobre as aulas expositivas não foi nossa intensão desmerecer essa modalidade de ensino, até porque maioria das aulas são expositivas. Dentro da realidade da educação brasileira, Infezlimente não são todos os professores que dispõe de uma equipe para ajudá-lo. No diagnóstico dos conhecimentos prévios,nós percebemos que o conteúdo de antigo Egito era algo muito fora da realidade dos alunos, principalmente nessa relação presente e passado, pois fora da sala de aula, o único contato dos alunos com esse tema era por meio de filmes. E a partir do momento que os alunos tem que criar materiais e pesquisar para não cometer anacronismo, o conteúdo passa a ter mais significado e sentido. E muitos usaram de objetos que tinham em casa, eles se vestiram. E tudo isso foi muito interessante e significativo para os alunos, por essa razão e pelo retorno deles, nos percebemos essa memória afetiva. Em sala no máximo seria uma atividade escrita, com colagem. E com a construção dos materiais é diferente. Essa é uma atividade que eles nunca vão esquecer porque envolveu os alunos na produção e construção desse conhecimento. Espero que eu tenha respondido a questão. Abraços! Ass: Milliann Carla Strona.

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  6. Cibeli Grochoski e Milliann Carla Strona, parabéns pelo texto e pelo trabalho no PIBID exposto aqui. Obrigada por dividir essa experiência conosco. Participei do Programa Residência Pedagógica mas, infelizmente, não cheguei a participar do PIBID. Como foi comentado no final do texto, é difícil para uma professora ou professor sozinho com a demanda da escola pública elaborar aulas assim, pelo menos frequentemente. Tenho certeza que essa experiência marcou tanto a vida do alunado quanto da professora regente. No caso dos materiais utilizados, além do que os alunos e alunas tinham em casa, foram disponibilizados pela escola? Para a elaboração dos objetos, além das aulas expositivas, quais outras fontes de pesquisa os alunos puderam ou foram orientados a utilizar (livro, internet etc)? Caso tenha ocorrido essa pesquisa a mais, vocês direcionaram a algum texto etc. ou deixaram de forma mais livre?

    Benigna Ingred Aurelia Bezerril

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    1. Olá Ingred Bizerril, obrigada pelo comentário. Sim a escola disponibilizou materiais para os alunos tais como EVA, TNT, e nós pibidianos também confeccionamos algumas coisas para eles usarem. Para a pesquisa eles tinham acesso ao livro didático, outros livros da biblioteca da escola e a internet. Foi deixado de forma mais livre, alguns até levaram livros que eles tinham em casa para dividir com os colegas.
      Espero ter respondido a sua questão. Abracos! Ass: Cibeli e Milliann.

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  7. Olá, parabéns pelo trabalho de vocês!
    O PIBID também foi muito importante nesse meu processo de formação, esse primeiro contato em sala de aula foi tão fundamental para a minha formação em persistir nessa carreira e poder por em prática diversas dinâmicas, com diferentes didáticas, passando os assuntos e tendo o retorno positivo dos alunos. A sua temática foi diferente da que eu pesquiso, mas creio que ela contribuiu para definir melhor o seu campo de pesquisa. A minha pergunta é sobre como foi o primeiro impacto da mudança didática com os alunos?

    Ass José Johnatan dos Santos Silva

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    1. Olá! José agradecemos pelo comentário. Sobre a questão didática, desde o início do ano letivo a equipe do pibid estava fazendo intervenções em sala com diferentes recursos para eles se adaptarem e entenderem a nossa proposta, afinal no 6° ano ocorre uma grande mudança na vida escolar dos alunos, de um professor passam a ter vários professores e diferentes disciplinas, então houve todo um processo e eles precisam também aprender a confiar em nós. Quanto a atividade no começo eles sentiram um pouco de receio e insegurança, o que é normal em toda a atividade que não seja tradicional, pois a nossa proposta envolvia a construção de materiais, apresentação, exposição, diálogo, questões, porém nós conversamos bastante com eles sanando dúvidas e com as pesquisas eles se envolveram muito, a própria pesquisa traz essa segurança, porque eles percebiam que não estavam construindo algo errado, que era o receio deles, as imagens ajudaram muito também, porque são gerações muito visuais e maioria dos alunos buscou recursos externos, alguns fizeram suas roupas até em costureira. Então foi um processo bem natural, que passou por todas as suas fases, e deu tudo certo, foi muito positivo, porque envolveu os familiares dos alunos, foi uma atividade que nos surpreendeu pela dedicação deles, e pelas produções e criatividade, aí que percebemos que a didática lúdica, é uma ótima estratégia em sala de aula. Espero que tenhamos respondido a questão.
      atenciosamente Milliann Carla Strona e Cibeli Grochoski

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